Tenho certeza absoluta que a maioria das mulheres que se interessa por moda sabe quem está por trás da grife Dolce & Gabbana e o que ela representa no mercado e perante a sociedade. Entretanto, a situação irá mudar de figura caso mencione a marca Day Birger Et Mikkelsen.
Circulando pelo famoso e-commerce net-a-porter, notei essa (total) semelhança no vestido de ambas as grifes. Feitos de renda, com comprimento consideravelmente parecido, manga 3/4 e caimento idêntico, há somente um fator capaz de os diferir: o preço.
Enquanto Domenico Dolce e Stefano Gabbana tiveram a audácia de cobrar a bagatela de $2,205 pelo vestidinho, os nomes por trás da DBETMK foram um pouco mais pé no chão e comercializam a peça por justos $235.
Mas, afinal, qual o fator responsável por tamanha discrepância de valor? Enquanto o status para àquelas que usam Dolce & Gabbana parece vir de forma instântanea, como se, apenas por usar alguma peça da grife, a pessoa automáticamente se tornasse bem-vestida, endinheirada e cool,àquela que usa outras marcas não tão reconhecidas não é digna de ser considerada ícone fashion ou referência de bem-vestir.
Difícil traduzir a explicação para palavras, mas não custa tentar, bem como não me dá o menor trabalho expor a minha opinião: fashion is more dash than cash. De nada adianta desembolsar 4 mil reais por um vestido sem a classe, postura e estilo suficiente para carregá-lo.
Parafraseando Coco Chanel: "As pessoas pensam que o luxo é o oposto da pobreza. Mero engano. Luxo é somente o oposto da vulgaridade."
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