sábado, 14 de maio de 2011

É moda. Mas não a minha.


Oxford Shoes

Comprimento mídi

Saia plissada

Bico fino. Para mim, não, obrigada.

Tenho ficado um pouco preocupada ultimamente. Percebo que nunca esteve tão na moda estar na moda. Mas, afinal, o que é isso? Estar na moda, de acordo com a minha interpretação, é seguir tendências, acompanhar aquilo que entra e sai do cenário fashion a cada seis meses e, o mais importante, ser apaixonada por ele. Entretanto, estar na moda requer cuidado, atenção e bom senso. Até pra estar na moda é preciso limite. Tenho observado cada vez mais mulheres que tentam provar aos outros, a qualquer custo, que acompanham as tendências. Mulheres que fazem questão de andar vestidas com o que há de mais atual dos pés à cabeça.

Longe de mim querer dizer o que deve ou não ser feito, afinal, a graça da moda é justamente essa: ser democrática. Porém, como estudante do assunto, boa observadora e alguém que defenda a liberdade de expressão, vou me manifestar. Atenção. Eu conheço as tendências - animal print, red pants, oxford shoes, saia plissada, comprimento mídi, flare jeans, boots - mas não abuso delas. Como assim, Marcela? É isso mesmo. Eu ter conhecimento sobre o que está se usando no momento não quer dizer que eu vá fazer o mesmo.

Por exemplo,eu não acho que o comprimento mídi valorize quem tem menos de um metro e setenta centímetros, eu não acho que anke boot alguma valorize àquelas que tem panturrilha grossa ou que saia plissada seja sexy. Também não me sinto confortável com oxford shoes, prefiro rasteirinhas ou o bom e velho salto alto. Animal print eu amo, mas, junto ao mix de texturas, que também está super em alta, acho que fica over, too much. Me entristeço ao ver que adolescente se vestem como senhoras, simplesmente porquê Marc Jacobs desfilou uma coleção com essa vibe.

Além disso, não me agrada ver meninas sem respirar para usar calça de couro ou bandage. Porém, ao meu ver, há algo que seja pior do que isso: quem crê que essas pessoas realmente sejam amantes da moda. Não! Aí já é demais. Elas são seguidoras, discípulas, fiéis, mas amantes, não. Aquela ou aquele que ame mesmo moda sabe que ela não aceita quem se torna vítima dela. Não temos que, de forma alguma, deixar que a palavra "tendência" venha a frente de "personalidade", pois tendência, existem várias e diferentes, mas personalidade,bom, essa é só uma. Única.

Não faz sentido que se use um visual ladylike ou grunge porque isso foi desfilado, anunciado ou capa de revista. Faz sentido, sim, captar as tendências, assimila-las, filtrar o que serve, o que combina com você ou o que merece ser descartado. Fazemos assim com o trabalho e relacionamentos, por que não com a Moda? Ela também merece de nós algum critério. E, principalmente, um critério no qual estejam envolvidos essência, harmônia, parcimônia e afinidade. Eis, aqui, a receita para que você pare de correr atrás da moda e comece a caminhar ao lado dela.

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